sábado, 7 de abril de 2012

fort/da

Eu te amo com força e certeza.
sem superego

com a loucura de quem se joga e não se sabe pra onde
quero te amar mansinho e com a respiração entrecortada
depois sentir seu suor secando na minha pele 
enquanto adivinho as formas animadas que a fumaça de seu cigarro desenha no espaço aéreo de brasília seca.

te amo com um nó nessa jugular
sem esquina enquanto leio ana cristina
e me preparo para te ler.
te amo simplesmente 
sem esperar por destinos
sem me lembrar muito bem o que nos reservam os nossos futuros passados

sorrindo sozinho do seu pescoço marcado
das suas pernas bambas 
busco uma causa e um verso de efeito
mas fico reticente 
começo no fim
findo no meio
te provo no desacordo de conceitos
te amo pela paixão sem compaixão de nós

E no fim do momento nosso 
(sempre-tão-curtíssimo) 
fitando duro as bestas apocalípticas
-desenhadas na avenida pela fumaça da sua velha baldeação amarelo gema de ovo de granja- 
fico remoendo toda e qualquer apartação
e chorando os amores que horas, hordas e muros sem furos dividiram...

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